quinta-feira, 12 de março de 2009

Emprego na indústria recua 1,3% de dez a jan

Foi a quarta queda consecutiva na comparação mês/mês anterior, na série livre dos efeitos sazonais. Frente a janeiro de 2008, houve retração de 2,5%, segunda taxa negativa consecutiva e a menor da série histórica iniciada em 2001. O acumulado nos últimos 12 meses (1,6%) desacelerou e atingiu sua marca mais baixa desde setembro de 2007 (1,5%). O número de horas pagas ficou negativo pela quarta vez consecutiva, tanto em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal (-1,8%), quanto em relação ao mesmo mês do ano anterior (-3,6%), sendo esta a menor taxa da série histórica. A folha de pagamento real sofreu queda de 1,2% frente a dezembro de 2008 (com ajuste sazonal), mas avançou 1,2% sobre janeiro de 2008, sendo este o menor resultado desde dezembro de 2006 (0,5%).

No indicador mensal, o contingente de trabalhadores foi 2,5% menor do que em janeiro de 2008, com decréscimos na maioria (13 dos 14) dos locais e em doze dos dezoito ramos pesquisados. A redução no emprego em São Paulo (-2,1%), região Norte e Centro-Oeste (-4,5%), Paraná (-4,5%) e Santa Catarina (-3,5%) exerceram as pressões mais significativas no total do país. Nesses estados, os segmentos que mais contribuíram para a redução do emprego foram: vestuário (-12,3%) e produtos de metal (-6,4%) na indústria paulista; madeira (-19,3% e -24,1%) e vestuário (-15,8% e -17,1%), respectivamente, no Norte e Centro-Oeste e no Paraná; e vestuário (-13,8%) e outros produtos da indústria de transformação (-15,3%), na indústria catarinense.

Em termos setoriais, no total do país, os principais impactos negativos na média global foram vestuário (-8,2%), calçados e artigos de couro (-10,3%) e madeira (-13,3%). Vale destacar que os setores de meios de transporte, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações e máquinas e equipamentos, que vinham com clara redução no ritmo de expansão no final do ano passado, em janeiro apresentaram taxas negativas: -1,9%, -0,3% e -0,7%, respectivamente. Em sentido contrário, minerais não-metálicos (3,2%), refino de petróleo e produção de álcool (10,5%) e papel e gráfica (1,9%) exerceram as pressões positivas mais importantes.

Fonte: IBGE

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