segunda-feira, 6 de abril de 2009

Coordenador do IPEA critica política econômica do governo

Mesmo com a crise mundial, a economia brasileira vai crescer neste ano. Mas vai crescer pouco: entre 1,5% e 2,5%. É o que prevê a Carta de Conjuntura do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).  O coordenador da pesquisa, Roberto Messenberg,  atacou a política econômica do governo e defendeu a queda na taxa de juros e no superávit primário. 

"Sou crítico a esta política econômica. Não há justificativa para praticar um superávit fiscal, que é uma política contracionista, e uma política monetária tão ortodoxa neste clima em que estamos vivendo, claramente abaixo do pleno emprego", disse  Messenberg. A Carta mostra que os investimentos da União caíram de 2007 para 2008 tanto em valores nominais como em percentuais do PIB.

"O governo precisa baixar o superávit primário, reduzir a despesa fiscal com juros e investir. Sem investimento, nossa economia vai ficar sem defesas contra a queda do emprego e o baixo crescimento", alertou o coordenador. "Em épocas de crise, é mais fácil cortar investimentos, porque não são gastos fixos. Mas, se cortar ainda mais, aí é que a economia não cresce mesmo", concluiu Messenberg.

A publicação trimestral do GAP (Grupo de Análise e Projeções) da Dimac (Diretoria de Estudos Macroeconômicos) projeta ainda um déficit nas transações correntes de US$ 18 bilhões a US$ 25 bilhões e uma taxa de inflação entre 3,7% e 4,7% para o ano.

Para acessar http://www.ipea.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=592

Nenhum comentário:

Postar um comentário